Na criação de canários o quesito cor pode ser considerado um dos mais importantes para quem almeja,evidentemente, uma seleção de cores, sem que o fator canto seja o primordial.
Basicamente existem duas grandes linhas de cores: a linha clara e a linha escura.
Na linha clara estão classificadas as seguintes cores básicas: Branco Dominante, Branco Recessivo, Amarelo Intenso, Amarelo Nevado, Amarelo Mosaico, Amarelo Lím~o Intenso, Amarelo Limbo Nevado, Amarelo Limão Mosaico, Vermelho Intenso, Vermelho Nevado, Vermelho Mosaico. São os canários LIPOCROMOS, isto é, aqueles que em sua plumagem aparece somente a cor de fundo, com ausência total de pigmentos negros e marrons. O LIPOCROMO é resultado da pigmentação das células gordurosas e hidrocarbonatadas das penas, que se dá também pela alimentação.
Na linho escuro estão classificadas as seguintes cores básicas: Verde Intenso, Verde Nevado, Azul Intenso, Azul Nevado, Cobre Intenso, Cobre Nevado, Cobre Mosaico, Canela Intenso, Canela Nevado, Canela Mosaico, Agata, Isabel. São os canários MELANICOS, isto é, aqueles em que sobre a plumagem de fundo existem uns pigmentos chamados Melaninas, preta e marrom.
Esta linha de canários é maior e mais complexa do que os LIPOCROMOS, pois que mediante a combinação das cores de fundo LIPOCROMO e a pigmentação escura MELANINAS, se forma uma grande variação de cores como: os Isabéis, o Marfim, o Pastel, o Opala.
Algumas Explicações Importantes
Linha Clara: LIPOCROMOS
Linha Escura: MELÂNICOS
1 — O canário Intenso é o que apresenta uma cor uniformemente distribuída e com a sua cor bem fechada, intensa.
2 — O canário Nevado é o que apresenta sobre a sua cor de fundo uma névoa branca, como que se tivessem colocado talco sobre as penas dando a ele um colorido mais suave.
3 — O canário Mosaico é o que apresenta zonas de plumagem mais fortemente marcadas, com a cor mais intensa que as outras: supercílios, ombros, dorso sob as asas e com o ventre branco: isso nos LIPOCROMOS; nos MELANICOS o ventre será da cor de fundo.
4 — O canário Branco Dominante não é um pássaro totalmente branco, ele deixa aparecer vestígios, em determinadas zonas, como nas rêmiges e retrizes, do amarelo quase todo apagado por um gen inibidor. Diz-se que o Branco Dominante é uma forma imperfeita do Albinismo.
5 — O canário Branco Recessivo é um pássaro HOMOZIGOTO, isto é, possuem ambos os genes da mesma cor. Diferencia-se do Branco Dominante por ser totalmente branco, não possuindo nenhuma cor, nem mesmo na sua pele que se torna violácea, pelo desaparecimento da substância graxa. Esses pássaros têm carência de vitamina A, devendo ser administrada a eles pelo criador.
6 — O canário Vermelho é proveniente do cruzamento do Tarim da Venezuela (Spinus Cucullatus) com a fêmea do canário.
Esses canários foram primeiramente conseguidos no início deste século e sua coloração vai do alaranjado ao vermelho intenso.
O Tarím da Venezuela é um pássaro da família dos Fringíllidae. Tem a cabeça e o pescoço pretos, asas pretas com barras vermelho-alaranjadas, cauda também negra e o resto do corpo vermelho-escuro, sendo que o peito, ventre e sobre cauda apresentam uma tonalidade mais brilhante.
O comportamento do Tarim da Venezuela, na reprodução, é semelhante ao do canário, que pertence à mesma família.
Os híbridos machos férteis conseguidos desse cruzamento com as canárias são cruzados com canárias amarelas, fazendo-se uma seleção dessas crias e obtendo-se uma coloração avermelhada.
Ao canário Vermelho deve ser dado um produto chamado de Cataxantine que deve ser misturado a farinhadas especiais os dois são facilmente encontradas nos aviários.
Você irá examinar a coloração das fezes do canário; se estiverem cor-de-rosa, ligeiramente avermelhada, a dose está certa. Muito escura, está exagerada; sem coloração, está fraca.
Este caroteno deve ser dado ao pássaro na época da muda e também aos filhotes no ninho. Para este segundo caso comece a administrar o Cataxantine no terceiro dia de nascidos —uma dose fraca — e acompanhe a coloração. Não exagere, que pode prejudicar o pássaro, provocar doença no fígado e outros transtornos.
O canário Vermelho é um dos que mais agrada às pessoas, de um modo geral, pela sua cor incomum.
7 — A Melanina preta sempre aparece acompanhada da marrom que, por sua vez, pode aparecer isolada.
8 — O Azul é resultado da mutação, no canário verde, do fundo amarelo para o branco.
9 — O preto e o marrom sobre o amarelo resultam no canário verde, porém sobre o branco resultam no Azul — acinzentado.
10 — Somente o marrom, sobre a cor básica branca, teremos o Prateado.
11 — Os Cobres são canários Vermelhos da linha escura, com as melaninas pretas e marrons de máxima oxidação nas asas. Se não possui a pigmentação preta ele é Canela; se não possui a marrom ele será um A gata.
12 — Existe ainda o fator Pastel, que dilui o Lipocromo do pássaro, dando-lhe uma cor mais delicada.
13 — Os canários Opa Ias apresentam seus pigmentos melânieos diluídos, o preto e o marrom ficam com uma tonalidade cinza-azulada. Seu campo de incidência é maior do que o Pastel.
14 — O Isabelino é um canário quase sem cor, porém com a aparência de não estar totalmente limpo, com uma ligeira e muito tênue coloração marrom.
O Fator Ino
Foi em Bruxelas que pela primeira vez surgiu o canário com o fator INO, resultado do cruzamento de uma fêmea Canela-vermelha Intensa com um Isabel-vermelho Nevado. Desse casal apareceram os primeiros exemplares de olhos vermelhos.
Foi em Bruxelas que pela primeira vez surgiu o canário com o fator INO, resultado do cruzamento de uma fêmea Canela-vermelha Intensa com um Isabel-vermelho Nevado. Desse casal apareceram os primeiros exemplares de olhos vermelhos.
Fazendo a seleção desses pássaros pelo método de Seleção Interna, isto é, com acasalamentos consangüíneos, conseguiu-se fixar essa nova característica.
Houve também uma mutação de um gen, talvez provocada pelos constantes acasalamentos consangüíneos, mas o fator que provoca o olho vermelho não está localizado nos cromossomas do sexo, sendo que machos e fêmeas podem ser portadores do fator.
Os canáríos INOS são: os ALBINOS nos Brancos, LUTINOS nos Amarelos e RUBINOS nos de linha escura.
O vermelho dos olhos varia de intensidade de acordo com a cor do canário portador desse fator.
Não podemos deixar de ter em mente que a alimentação tem grande influência na cor do canárío. O caroteno e os elementos graxos dão cor e brilho às penas, devendo ser dosados de acordo com a cor do pássaro.
No julgamento de canários em exposição, metade dos pontos vai para a cor, os outros 50% dividem-se pela plumagem tamanho forma, elegância e apresentação.
Existem ainda fatores com o Marfim. que dilui a cor do lipocromo, o Pastel, que atua sobre as melaninas e o Opala que dilui totalmente o marrom, só permanecendo a melanina marrom.
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